quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Belgica



A Bélgica, famosa pela arquitetura gótica francesa e pela arte flamenga, é um país que mistura influências holandesas, francesas e alemãs. As duas línguas oficiais na Bélgica são o francês falado pelos valões (do sul do país até a capital) e o flamengo no norte. Perto da Alemanha, também é possível ouvir as pessoas conversando em alemão. Na capital, Bruxelas, as placas que indicam as ruas são em flamengo e em francês. Mas não se preocupe, a maioria da população entende e fala inglês, algumas também o espanhol.
Sempre tenha no bolso 0,30 euro. Essa simbólica quantia poderá ser muito útil se você precisar ir ao banheiro. Os públicos são raros nas cidades e mesmo em lanchonetes é preciso pagar para usar o toalete. Aviso de amigo: caso você tenha gasto tudo e estiver apertado, procure um Mc Donald’s, a rede de lanchonetes é uma exceção na linha de banheiros gratuitos.
Os portadores de deficiências físicas têm tratamento privilegiado no país. Vagas em estacionamentos são reservadas e gratuitas. Nas passagens para pedestres, sinais sonoros avisam o momento seguro para atravessar a rua.

não perca - Aproveite sua estada na Bélgica para saborear os famosos e deliciosos chocolates. Os mais tradicionais são o Leônidas e o Godiva. Os waffles também merecem ser provados, bem como parte dos mais de 460 tipos de cerveja (parte, porque dificilmente você conseguirá provar todas). Conheça também as lindas e caras rendas belgas, que não perdem em nada para as brasileiras.

dicas - uma dica importante que não vale apenas para a Bélgica, mas para qualquer cidade que você está visitando: dirija-se primeiro à Central de Informações Turísticas, indicada sempre pela letra “i”. Lá você conseguirá informações do que há de mais interessante para conhecer. Normalmente é possível também obter mapas da cidade e das linhas de metrô e trens, sempre úteis para quem viaja seja de carro ou não.
Se você quiser fazer economia na hora de ir ao mercado prefira o Audi, Lidl e o GB. As três redes são encontradas em toda Bélgica e também em algumas cidades alemãs. Os mercados são bem mais simples, têm uma variedade menor, mas os produtos são bons e muito mais baratos. É ir e conferir.
Nas principais cidades belgas, dirija-se à prefeitura. Os prédios são belíssimos e sempre há por perto uma central de informações ao turista.
A Bélgica é um país, digamos assim, excêntrico. O norte fala uma língua estranha o flamengo , o sul fala francês, a capital teoricamente fala as duas línguas e... não, nem eles mesmos se entendem. Quem fala flamengo normalmente fala também inglês e compreende alemão, mas não fala francês. Quem fala francês, bem, fala só francês mesmo e dificilmente entende outra língua. Todo esse samba do belga doido encontra suas raízes na história do país, que só teve suas fronteiras definidas no século 19. O norte, historicamente parte da Holanda, e o sul, antigo território francês, de repente se viram partes de uma mesma nação.Na prática, a sensação para o turista é bem curiosa: é como estar em dois países ao mesmo tempo. Um pacotão do tipo pague um e leve dois. O melhor de tudo é que os belgas incorporaram no dia-a-dia as qualidades dos dois lados. Da França veio o talento para a gastronomia. Seus restaurantes não devem nada aos bistrôs vizinhos, seus chocolates estão entre os melhores do planeta e a batata frita foi inventada aqui. Da Holanda veio uma veia mais liberalista que se reflete em noites animadíssimas, bares que não fecham nunca e um jeito meio desencanado de levar a vida. Junte-se a isso o fato de estarmos num país que produz mais de 500 marcas de cerveja, reune cidades medievais impecáveis, igrejas góticas fascinantes e um bom acervo de obras de artistas como Magritte, Rubens e Van Eyck. Pronto. Já temos belos motivos para comprar o pacote e explorar essa esquina da Europa que passa quase despercebida de nós, brasileiros. Bienvenue! Ou... Welkom!



A Lufthansa voa diariamente para Bruxelas, na Bélgica, com conexão em Frankfurt. Até 25 de abril, a passagem aérea em classe econômica, ida e volta, custa US$ 827 de segunda a quinta-feira e US$ 856, de sexta a domingo. Para mais informações e reservas, basta ligar (11) 3048 5800 e no Rio (21) 3687 5000. Ou pela Internet http://www.lufthansa.com.br/





Clima

Por sua elevada latitude -- o país é cortado pelo paralelo 50o N -- o clima da Bélgica deveria ser rigoroso; no entanto, a proximidade do Atlântico e o modesto relevo do país, que o submete à influência temperada dos ventos dominantes de oeste, determinam um regime de temperaturas amenas, que oscilam entre 0o C de média em janeiro a 15o C em julho. No interior acentua-se o caráter continental, que alcança o máximo nas Ardenas, onde os invernos são longos e rigorosos devidos principalmente à maior altitude.
As precipitações giram em torno de mil milímetros em todo o país e se distribuem com bastante regularidade por todo o ano. Hidrografia. Quase todo o território belga está incluído nas bacias de dois grandes rios que, vindos da França, atravessam o país para desembocar no mar em território holandês: a Escalda, que cruza a planície de Flandres paralelamente à costa, na direção de Antuérpia, um dos maiores portos da Europa; e o Mosa, que atravessa as Ardenas num vale encaixado, recebendo as águas da parte sudeste do território belga antes de penetrar nos Países Baixos.
Ambos os rios e alguns de seus afluentes são navegáveis e, juntamente com a densa rede de canais da planície, somam mais de 1.500km de vias interiores navegáveis no reduzido território belga. Fauna e flora. Entre os mamíferos da região montanhosa de leste destacam-se o gato selvagem, a marta, a corça e o veado. Nas regiões agrícolas, vivem apenas animais de pequeno porte, como lebres, coelhos, raposas, texugos, doninhas e esquilos vermelhos, entre outros. A fauna ornitológica da Bélgica assemelha-se, de forma geral, à das ilhas britânicas e da Europa ocidental. A maior parte da planície belga é formada por uma campina primorosamente cultivada, embora bosques, em que predominam as coníferas, cubram grande parte das Ardenas.




Bruxelas
Não existe uma só Bruxelas. Existem várias. Tem a da sede da União Européia, onde são tomadas as principais decisões econômicas de todo o continente. A da arte nouveau (foi lá que o movimento arquitetônico teve origem, no fim do século 19). A dos quadrinhos e desenhos animados (Tintin e Smurfs nasceram ali). A das cervejas, a dos chocolates, a da família real... A capital da Bélgica é uma cidade grande, com quase 1 milhão de habitantes, e cosmopolita. Tem uma das praças mais bonitas do mundo, a Grand Place, bons museus e um símbolo que é no mínimo curioso: o Manneken Pis, um menino de bronze que faz xixi numa rua comercial e chama multidões.

O essencial
DDD: 02
Informações turísticas: http://www.visitbelgium.com/
Embaixada do Brasil em Bruxelas: Avenida Louise, 350, 02/640-2015Hora local: + 4h
Melhor época: em julho, a cidade organiza o cortejo medieval de Ommegang e, em setembro, há o festival da cerveja belga
Chamadas a cobrar: 0800 080 0055 (Embratel) e 0800 101 5707 (Telefônica, serviço válido apenas para São Paulo)
Transporte: a cidade é quase plana. Por isso, calce sapatos confortáveis e ande muito.



Onde ir


ÁTOMO - Projetado para a Exposição Mundial de 1958, este ícone high tech tem o formato de um átomo ampliado 165 bilhões de vezes. Dentro funciona um centro multimídia. - Boulevard du Centenaire, Laeken, 475-4777, http://www.atomium.be/. 10h/18h. Cc: todos.



CERVEJARIA CANTILLON - Desde o século 19, a mesma família produz aqui a cerveja de fermentação natural, outra especialidade da Bélgica. - Rue Gheude Satraat, 56, 521-4928. 9h/17h (seg. a sex.), 10h-17h (sáb.).



GALERIAS ST. HUBERT - A rua de shopping coberta mais antiga da Europa ocidental, construída em meados do século 19, tem hoje lojas de roupas e chocolates. - Entre a Rue du Marché aux Herbes e a Rue de l'Ecuyer.



GRAND PLACE - É o coração de Bruxelas. Construída no século 12, é toda cercada por edifícios históricos que já pertenceram a nobres no passado.



MANNEKEN PIS - A estátua do garotinho fazendo xixi é o símbolo do país. Mas não crie grandes expectativas: étão pequenina que os turistas mal conseguem esconder a decepção. - Rue de l'Étuve com Rue du Chêne.



MUSEU BELGA DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS - Celebra as tirinhas nascidas na Bélgica (de Tintin aos Smurfs. - Rue des Sables, 20, 219-1980. 10h/18h (ter. a dom.).



MUSEU DE INSTRUMENTOS MUSICAIS - Um dos maiores museus do gênero no mundo, tem cerca de 7 mil instrumentos, desde a Idade do Bronze. - Montagne de la Cour, 2, 545-0130, http://www.mim.fgov.be/. 9h30/17h (ter., qua. e sex.), 9h30/20h (qui.), 10h/17h (sáb. e dom.).



MUSEU HORTA - Funciona em duas casas que Victor Horta, um dos pais da art nouveau, construiu entre 1898 e 1901. Seus detalhes são uma verdadeira aula desse estilo arquitetônico. - Rue Américaine, 25, St. Gilles, 543-0490, http://www.hortamuseum.be/.14h/17h30 (ter. a dom.).



MUSEUS REAIS DE BELAS ARTES - Um dos mais completos museus belgas. Entre os artistas, Rubens, Memling, Van Dyck e Magritte. - Place Royale, 1-2, 508-3211, http://www.fine-arts-museum.be/. 10h/17h (ter. a dom.). Cc: todos.



PALÁCIO REAL - Apenas no verão o palácio que a família real utiliza para eventos oficiais abre suas portas ao público. Chance única de ver detalhes como a sala do trono com seu chão de mosaico. - Place des Palais, 551-2020, www.monarchie.be/site/fr/visites_palace.html. 10h30/18h (ter. a dom., de 22 de julho a 5 de setembro).



Onde ficar



BRUEGEL - Bom albergue de localização central - Helig Geetstraat, 2, 511-0436, http://www.youthhostels.be/. Cc.: Mc, V.



IBIS - Fica bem pertinho da Grand Place. - Rue du Marché aux Herbes, 100, 514-4040, http://www.ibishotel.com/.




Para agitar



Os melhores e mais animados bares estão concentrados na Rue du Marché au Charbon.




Onde comer



AUX ARMES DE BRUXELLES - Frutos do mar. - Rue des Bouchers, 13, 511-5550, http://www.armebrux.be/.



COMME CHEZ SOI - Serve ótimas carnes de caça e ostenta as tão cobiçadas três estrelas do Guia Michelin. - Place Rouppe, 23, 512-2921, http://www.commechezsoi.be/.



Cervejas Belgas



A Bélgica é considerada por muitos dos admiradores de Cerveja um verdadeiro “paraíso”, tal a diversidade de sabores e aromas que encontramos em suas quase 600 marcas...


Como as demais nacionalidades, os belgas orgulham-se da sua rica cultura cervejística. Há mais de 1 500 tipos de cerveja belga (incluindo cerveja com rótulo) entre as quais: Stella Artois, Alken Maes, Jupiler, Delirium tremens, Duvel, Kwak, Leffe e Hoegaarden são algumas das mais conhecidas. Geralmente é dito (principalmente pelos belgas) que as cervejas da Bélgica são particularmente excelentes. A Bélgica é a única região que onde os monges trapistas produzem a cerveja que recebe o nome da ordem (cerveja trapista).
Cada variedade da cerveja belga é servida em um copo específico. A forma e tamanho do copo varia, e tem o efeito de acentuar o sabor daquela cerveja em particular.



As Belgas Trappistas
Existem apenas sete abadias católicas no mundo que produzem cerveja trapista. Seis delas instaladas na Bélgica. Chimay, Orval, Rochefort, Westmalle, Westvleteren e Achel formam a elite das cervejas em um país com tantas marcas. As trapistas impressionam pela história e pela personalidade: fermentação alta, densidade forte e teor alcoólico elevado são alguns dos ingredientes de sua fórmula.
Em uma sentença proferida em 1962, na Bélgica, foram determinadas as regras para a produção desse tipo de cerveja. A principal delas determina que sua fabricação ocorra num mosteiro da ordem dos Cistercienses, sob a supervisão dos padres.
Além disso, uma parte do lucro da venda deve ser destinada a causas sociais.
As Trappistas têm um método singular de fabricação: as cervejas são de fermentação alta e as escuras são feitas com malte escuro e muito lúpulo. Durante o engarrafamento, açúcar cândi e levedura são acrescentados à cerveja, dando início à uma segunda fermentação, responsável pelo resíduo sedimentado no fundo da garrafa. Estas cervejas devem ser guardadas sempre na posição vertical e servidas lentamente, para que o fundo não se misture.


As Belgas Lambic
Estas cervejas usam processo de fermentação diferenciado, no qual o líquido inicial, ou mosto, é exposto à fermentação natural pela ação da atmosfera. Uma segunda fermentação é feita pela adição de frutas à cerveja já pronta.



As Belgas Abadia Ale
A grande diferença entre as cervejas Abadia e as cervejas Trappist é que as Abadias Ales são produzidas para cervejarias comuns.
Todas as cervejas Abadia foram produzidas no período medieval pelos monges, e ainda são produzidas com a receita antiga.
Há vários tipos: claro, escuro, segunda e terceira fermentação e uma grande variedade para amargas e maltadas.
Um apreciador da bebida jamais ficará decepcionado com este tipo de cerveja.


A Belga
Esta cerveja, elaborada pela cervejaria Bosteels, uma das empresas de maior prestígio na Bélgica, tem processo de fabricação muito semelhante ao champanhe.
Após a primeira fermentação do mais puro malte, lúpulo e água, seus únicos ingredientes, o líquido é transportado para a região de Champagne, na França, onde é engarrafado e armazenado nas caves, à espera da segunda fermentação.
Durante o ano em que fica repousando, passa pelo remuage, processo de girar diariamente a garrafa para que os sedimentos da fermentação se depositem no gargalo.
Ao final deste processo, estes sedimentos são congelados e expulsos da garrafa. Por fim, fecha-se definitivamente a garrafa com rolha de cortiça, igual à dos excelentes vinhos.



Chocolates


Não dá para falar de Bruxelas ou da Bélgica sem falar no Chocolate Belga. Nem dá para escrever muito pois é difícil descrever o gosto do chocolate de lá. Simplesmente sensacional. As lojas no centro deixam as ruas estreitas com cheiro de chocolate e você com água na boca. Como não relacionar a Bélgica com chocolate? Seja ele sorvete, chocolate quente, waffle ou mesmo em barra.

Um comentário:

Guilherme Faro disse...

Olá. Parabéns pelo blog. Fora o hotel Ibis, qual outro hotel você indicaria em Bruxelas? Um hotel que fosse central, que desse para visitar os pontos turísticos a pé.
Obrigado